terça-feira, 29 de julho de 2008

alfaces

As alfaces são calmantes. Só olhar para elas traz um grande sentimento de calma.

Quando acordo à noite e pensamentos caóticos aparecem e ameaçam meu sono, basta eu pensar, imaginar um canteiro cheio de alfaces que o sono volta. Ao invés de contar carneirinhos eu penso em alfaces para dormir.

Suas folhas com gotas de orvalho ou chuva são poesias visuais.

Experimentem, pensem nas alfaces e relaxem.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Oficina de Espiral de Ervas



No ultimo sábado, dia 10 de maio, deixamos o Jardim da Mente Atenta mais bonito.


Fizemos uma oficina para funcionários do BANRISUL sobre Espirais de Ervas. Depois de algumas explicações teóricas partimos para a prática, metendo a mão na massa (neste caso metendo a mão no composto).


Refizemos inteiramente nossa primeira espiral, plantando várias mudas de condimentos e chás. Também aproveitamos a boa vontade dos participantes e replantamos a espiral de flores comestíveis.


Abaixo coloco alguns comentários dos participantes:






  • Adorei o curso, bem como o instrutor. Aprendi muita coisa. Se eu tiver que dar uma nota, minha nota é 10. Tirei algumas fotos e mandarei para vocês.
    Aguardo outra oportunidade para fazer outra atividade. Obrigada pela manhã de sábado maravilhosa que passei. (Katia Boeck)

  • Achei muito agradável, gostoso passar a manhã aprendendo coisas que não são habituais, uma terapia. Ainda mais no Jardim Botânico. Faria outros se pudesse.
    Gostei muito. (Mariza Terezinha Silva )

  • Adorei o curso, o Fernando conseguiu dosar bem a teoria com a prática, sendo bem didático, proporcionando uma manhã super prazerosa e relaxante. Aproveito para pedir o material do curso que o Fernando ficou de mandar em PDF para o Reciclar.
    Abraços, (Cristina Delgado)

  • Gostei muito do curso! Sempre aproveito essas oportunidades para aprender mais sobre a natureza! Obrigada pela oportunidade! (Ilete Kuhn )

  • Eu achei ótimo, muito didático e prático o curso .
    Grato pela atenção. (Nilmar Bocorny)


Agradeço a todos pela participação e incentivo.



quinta-feira, 24 de abril de 2008

Polinizadores




Sem eles não há frutos, sem eles não há sementes....

Shambhala

Unimos o céu e a terra com nossa bondade e com nossa coragem. Com bondade abraçamos tudo, todos nós. Com coragem, estamos dispostos a olhar, somos corajosos e divertidos o bastante para estar abertos, ser sensíveis, arriscar quando nossa sabedoria e compaixão demandam e soltar quando chegar a hora. É nossa parte humana, nossos olhos limpos e nosso coração sensível. É como unimos a terra do nosso passado com o céu de nosso futuro na simplicidade mágica do agora.
(trecho de "O Reino de Shambhala como uma experiência diária" de Simon Luna publicado na revista Bodisatva nº 13)

sexta-feira, 18 de abril de 2008

é mesmo

Tem dias para plantar.
Tem dias para colher.
Tem dias para deixar a grama crescer.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Lenda do Milho

Nos campos começaram a escassear os animais. Nos rios e nas lagoas, dificilmente se via a mancha prateada de um peixe. Nas matas já não havia frutas, nem por lá apareciam caças de grande porte: onças, capivaras, antas, veados ou tamanduás. No ar do entardecer, já não se ouvia o chamado dos macucos e dos jacus, pois as fruteiras tinham secado.Os índios, que ainda não plantavam roças, estavam atravessando um período de penúria. Nas tabas tinha desaparecido a alegria, causada pela abastança de outros tempos. Suas ocas não eram menos tristes. Os velhos, desconsolados, passavam o dia dormindo na esteira, à espera de que Tupã lhes mandasse um porungo de mel. As mulheres formavam roda no terreiro e lamentavam a pobreza em que viviam. Os curumins cochilavam por ali, tristinhos, de barriga vazia. E os varões da tribo, não sabendo mais o que fazer, trocavam pernas pelas matas, onde já não armavam mais laços, mundéus e outras armadilhas. Armá-los para quê? Nos carreiros de caça, o tempo havia desmanchado os rastos, pois eles datavam de outras luas, de outros tempos mais felizes.E o sofrimento foi tal que, certa vez, numa clareira do bosque, dois índios amigos, da tribo dos guaranis, resolveram recorrer ao poder de Nhandeyara, o grande espírito. Eles bem sabiam que o atendimento do seu pedido estava condicionado a um sacrifício. Mas que fazer? Preferiram arcar com tremendas responsabilidades a verem a sua tribo e seus parentes morrerem da míngua de recursos.

Tomaram essa resolução e, a fim de esperar o que desejavam, se estenderam na relva esturricada. Veio a noite. Tudo caiu num pesado silêncio, pois já não havia vozes de seres vivos. De repente, a dois passos de distância, surgiu-lhe pela frente um enviado de Nhandeyara.– Que desejais do grande espírito? – Perguntou.– Pedimos nova espécie de alimento, para nutrir a nós mesmos e a nossas famílias, pois a caça, a pesca e as frutas parecem ter desaparecido da terra.– Está bem – respondeu o emissário. Nhandeyara está disposto a atender ao vosso pedido. Mas para isso, deveis lutar comigo, até que o mais fraco perca a vida.Os dois índios aceitaram o ajuste e se atiraram ao emissário do grande espírito. Durante algum tempo só se ouviu o arquejar dos lutadores, o baque dos corpos atirados ao chão, o crepitar da areia solta atirada sobre as ervas próximas. Dali a pouco, o mais fraco dos dois ergueu os braços, apertou a cabeça entre as mãos e rolou na clareira...Estava morto. O amigo penalizado, enterrou-o nas proximidades do local.Na primavera seguinte, como por encanto, na sepultura de Auaty (assim se chamava o índio) brotou um linda planta de grandes folhas verdes e douradas espigas. Em homenagem a esse índio sacrificado em benefício da tribo, os guaranis deram o nome de auaty, ao milho, seu novo alimento.(LESSA, Barbosa (org.). Estórias e Lendas do Rio Grande do Sul

Colheitas de Milho










quinta-feira, 13 de março de 2008

Novidades e Colheitas

Depois de ficar alguns dias afastado do Jardim da Mente Atenta (estava em férias) não via a hora de reencontrar minhas amigas, as plantas. Tive várias surpresas agradáveis. Primeiro que as plantas cresceram muito devido ao calor e a umidade. Algumas chegaram ao ponto de colheita como o milho e o feijão azuki. Outras entraram em plena floração e formação de vagens como o feijão de porco.
Enfim, é quase outono. Nesta época as plantas de verão estão finalizando seus ciclos de vida e é época de colheita. Vou colocar algumas fotos para mostrar a generosidade da natureza.



Espiga de milho
Vagens de feijão azuki misturadas com cara aéreo

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Citações de Michael Ableman

"Acho que qualquer sucesso que eu tenha obtido como agricultor só ocorreu quando encarei a minha fazenda com aquela atitude mental que os zen-budistas chamam de mente do aprendiz: sem pressuposições, aberto para ver e aprender com o que quer que se apresentasse."

"Criar filhos íntegros é como cultivar alimentos saudáveis. É uma prática sagrada; requer que acordemos a cada manhã vendo as coisas de modo diferente, respondendo ao momento, escutando, prestando atenção, observando."

"Talvez pudéssemos começar a usar mais a palavra "amor" ao falarmos em educação - e em cultivo de alimentos."

"Nós temos que enfrentar os tormentos no qual vivem tantos dos nossos jovens e o conflito permanente entre esperança e desespero, colocando o nosso foco nos pequenos sucessos: numa mudança local e para melhor; num punhado de sementes. numa criança e numa horta por vez."

Michael Ableman (retirado do livro Alfabetização Ecológica)

Girassol


Uma das plantas que eu mais gosto é o Girassol. Eles são bonitos, atraem vários insetos polinizadores, servem de alimento e são faceis de cultivar. Este da foto já passou pelo florescimento e agora forma suas sementes.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

saladinha diária


Minha colheita para a salada diária.

Milho Roxo




Ganhei a semente deste milho do Hamilton, agricultor ecologista de Maquiné.



Atualmente está assim, com duas enormes espigas.

Estado do Jardim


Tenho cultivado este pequeno espaço de terra, com auxílio de amigos dedicados, dentro do Jardim Botânico de Porto Alegre.

Este jardim-horta nasceu das aulas práticas nas oficinas que ministrei sobre Pátios Escolares Sustentáveis. Cada turma que passou por esta oficina teve a oportunidade de preparar um canteiro de "mulch" e plantar hortaliças, flores, condimentos e plantas medicinais.

São vários canteiros com bordas onduladas, alguns com formato de espirais. Algumas composteiras e um pequeno minhocário. De lá retiro, quase diariamente, a salada do almoço.

Para ilustrar vou colocar algumas fotos.