sábado, 12 de fevereiro de 2011

meses sem TV


fonte:www.culturamix.com

Desde criança eu era viciado em TV. Até meu pescoço tem a curvatura de quem passou horas na frente da hipnotizante tela, recostado em almofadas no sofá da sala. E assim fui crescendo, acompanhando a programação televisiva se deteriorando. Talvez seja nostalgia mas achava que antes  a TV era bem melhor( pelo menos os desenhos animados eram bem melhores).
Minha esposa notava que eu chegava em casa e automaticamente ligava a televisão. Às vezes deixava ligada só pelo falatório dentro de casa. Minha  casa anterior tinha antena parabólica então eu assistia  a Cultura, TV Escola e Futura. Gostava porque era onde encontrava  programas legais para minha filha e não tinham publicidade infantil, muito perigosa para crianças.
Depois  mudei de casa e, apertado de grana, improvisei uma anteninha interna. Pegou super mal, com muito chuvisqueiro e tendo que mexer na antena, regulando tudo a cada novo canal. E mesmo assim, imagem ruim. Pior, imagem boa só da Globo...
Dai pensei "deixa assim, quando melhorar as condições financeiras boto uma TV por assinatura".
Fui me aborrecendo com a TV, cada vez ligava menos. E agora nem ligo mais.
E descobri mil prazeres, alguns novos, outros esquecidos. Olhar para o céu, conversar com as pessoas, sair para caminhadas noturnas, folhear revistas, caprichar na janta, ouvir música...
Também fiquei livre de um bocado de negatividade. Nada de refeições com o Jornal Nacional ao fundo, descrevendo tragédias e colocando medo como tempero da comida. Sons de grilo lá fora, vento nas árvores, o cachorro do vizinho latindo, os sons reais que eu não percebia. Noites de sono mais tranquilas e a percepção de que o mundo não é o que passa pela TV. Aquilo é só uma versão de mal gosto de um mundo  muito bonito.
Agradeço  a minha anteninha que não funciona. Graças a ela, minhas horas em casa ganharam qualidade e diversidade de experiências. Por enquanto nem penso mais na TV por assinatura. Encontrei boas coisas para curtir e sem ter que pagar mensalidade.
Experimente você também.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Uma semana sem sacolas plásticas

sacolas-plasticas.jpg
Esta semana decidi não levar sacolas plásticas para casa. Apesar de estar consciente do impacto que as tais sacolinhas causam no meio ambiente o que mais me motivou foi encontrar o blog De Verde Casa da espertissima Juliana Valentini. Tão esperta que foi ela que inventou aquele origami de jornal para substituir a sacolinha no cesto de papel higiênico, que acabou rodando pela web afora.
Dai vendo os exemplos da Juliana acabei criando vergonha na cara e partindo para a ação. Catei duas sacolas de pano e deixei estrategicamente em cima do banco do carro, para não esquecer. Fui ao super temendo que eles quisessem empacotar minhas sacolas no guarda-volumes. Mas foi tranquilo, joguei as sacolas no carrinho e fui as compras. Na hora de passar pelo caixa a moça automaticamente pegou as plásticas e eu entreguei as de pano. Beleza!
E fui olhando para os lados, percebendo a quantidade absurda de sacolas que as pessoas iam carregando. Não encontrei um parceiro de sacola de pano.
No segundo dia, esqueci as sacolas. Mas no Bourbon da Ipiranga eles deixam umas caixas de papelão para quem quer optar pelo reaproveitamento das embalagens. Foi o que fiz. E ainda aproveitei a caixa para colocar lixo seco em casa.
Fui percebendo meu habito pela sacolinha em vários momentos e fazendo a desprogramação do meu cérebro. Colhi umas pimentas para levar para o dono do restaurante onde almoço (ele faz um molho ótimo). Quando vi estava procurando uma sacola para o transporte. Cai na real e coloquei tudo na de pano. Ele ficou feliz com o presente, porém me devolveu a sacola, cuidadosamente dobrada dentro de um saquinho de plástico transparente. Fiquei meio sem jeito e,sem saber o que fazer, aceitei assim mesmo, pensando em maneiras de reaproveitar aquela embalagem. Vou usar para guardar alguma coisa na geladeira, sei lá.
Ontem preparei um substrato para minha mãe plantar violetas. Tudo pronto e minha mente ansiava por uma sacola novamente. Num acesso de lucidez e insistência coloquei tudo numa bacia dentro do carro. Certo.
Hojé é quinta-feira. Nenhuma sacola nova em casa até o momento.
O melhor de tudo é que muda o olhar e percebo meus automatismos com as abundantes e disponíveis sacolas. E noto claramente os lixos desnecessários que vamos produzindo sem pensar. Está servindo para perceber e trabalhar estas marcas mentais e todos este Karmas.
Afinal, cuidar do planeta é uma constante prática de mente atenta.
Que todos possam se beneficiar e que as sacolas de pano sejam vitoriosas.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

a colheita dos tomates


Comecei a colher os tomates cerejas, com suas cores vibrantes e sabor adocicado.
Estão bem produtivos, cuidei deles com dedicação. Pena foi o ataque de uns percevejos chupões que mataram alguns pés. Mesmo assim, vai dar para uma salada saudável e, melhor, sem venenos.
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