sexta-feira, 26 de março de 2010

O trabalho do dia

Hoje, um dia de sol e chuva. Nuvens velozes e chuvisqueiros.
Finalmente tive um pouco de tempo para trabalhar no jardim-horta.
Plantei cenouras e rabanetes, colhi couve e rúcula.
Guardei sementes de feijão-miudo.
Resolvi proteger todas as mudas de árvores que nascem nos canteiros. E nascem muitas por que, imaginem, num Jardim Botânicos há muitas árvores e, portanto, muitas sementes. Então salvei uma muda de espinheira santa e uma menorzinha de canafistula. Eu faço assim: retiro do canteiro com todo cuidado e passo para um saco plástico com composto. Depois que elas crescerem, farei delas um presente para alguém que queira plantar.
Ganhei o dia!!!

quinta-feira, 11 de março de 2010

O Trabalho do dia

Acabei de chegar da horta. Hoje foi um dia muito produtivo. Pela manhã, carregamos palha (eu e as estagiárias Amanda e Ana)para cobrir os canteiros. Alguns balaios bem carregados, junto algumas folhas de gravatá e, portanto, espinhos. Mas penso que o Gravatá, afeiçoado a terras acidas, deve ter calcio em suas folhas e isso vai ajudar o solo da horta.
Depois garimpei o composto antigo, escondido entre montes de restos vegetais. Meio seco porém com pedaços de casca de ovo e muitas minhocas.
Preparei o canteiro da ferradura, distribui uma camada generosa de composto e cobri com a palha. Ficou pronto para plantar. Vou buscar algumas mudas daqui a pouco.
De tarde, reformei uma das espirais de ervas. Arranquei algumas plantas, podei a salvia, que persiste há tanto tempo no canteiro com suas flores vermelhas. depois coloquei composto e plantei mudas de Zinia, duma variedade gigante que compraram para o JB.
Feliz, atingi meus objetivos. Agora, espero uma chuva mansa durante a noite...

terça-feira, 9 de março de 2010

As plantas também tem alma

Sensíveis a palavras e carícias, plantas também têm uma 'alma'






Ouvir uma voz amiga e persuasiva faz bem. Uma carícia influencia o comportamento, lhe move para o território sentindo-o, atento aos sinais hostis. Até agora, pensávamos que só o gênero humano e os animais tivessem esses dons. Pelo contrário, não: também no mundo da botânica, sensações, percepções e avaliações do momento, quase um embrião de inteligência e de alma, existem. Estudos científicos da Universidade de Bonn, na Alemanha, e pesquisadores norte-americanos é que nos revelam isso.



A reportagem é de Andrea Tarquini, publicada no jornal La Repubblica, 12-01-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.



O som de uma voz que lhe saúda faz bem para as plantas. As raízes orientam seu crescimento subterrâneo e dialogam entre si com emissões de substâncias químicas. Algumas flores reagem ao contato da mão do homem, outras atraem os insetos produzindo mais pólen, porque, em troca, os insetos lhes livram dos parasitas.



Por isso, fiquem atentos cada vez que forem comprar uma planta para o jardim, para a sacada, a janela ou para a sala. As plantas também têm uma alma, uma vida de emoções. Lentíssima com relação a homens e animais – porque o mundo da botânica não dispõe de um sistema nervoso –, mas que funciona e deve ser respeitada.



"Para nós, existem pouquíssimas diferenças entre o mundo botânico e a fauna", explica o professor Dieter Volkmann, da Universidade de Bonn, ao jornal alemão Die Welt, que dedicou uma página inteira ao assunto. "As plantas – explica – não têm nervos como o gênero humano ou as espécies animais, mas dispõem de estruturas comparáveis".



Os sinais químicos viajam através de uma planta em velocidade infinitamente mais lenta do que no corpo humano: um centímetro por segundo, 10 mil vezes menos veloz do que da pele humana ao cérebro. Porém, o sinal comunica mensagens.



Essa "alma das plantas" se expressa de diversos modos. As raízes reconhecem se estão crescendo perto de outras plantas da mesma espécie, e então limitam o seu crescimento para não retirar espaço vital. Ou desviam o seu desenvolvimento de cada ponto do terreno em que sentem substâncias nocivas. E não acaba por aí.



As experiências provaram que, se você cultivar dois pés de tomate um ao lado do outro e falar com um mais do que o outro, o primeiro cresce melhor. Talvez seja assim até porque, falando, o ser humano emite gás carbônico, vital para as plantas. Mas é notável a recente experiência na Toscana de videiras que cresceram melhor ao som da música de Mozart. A reação aos estímulos externos também é tátil: a mimosa é uma das plantas mais velozes a reagir. Se você acaricia uma folha, ela se fecha e se reabre depois de poucos minutos. Cientistas californianos cultivaram duas plantas de sementes de mostarda: a que foi acariciada cresceu baixa e larga, a que foi ignorada se desenvolveu só em altura.



Não faltam os sistemas de autodefesa. A acácia é capaz de reagir à ameaça dos animais que devoram suas folhas: quanto mais tempos são comidas, tanto mais velozmente aumenta no seu tecido a concentração de substâncias tóxicas.



Por isso, fiquem atentos às plantas. Pelo menos um quarto das mulheres que as cultivam em casa falam com elas. Muito mais raros são os homens com relação a esse hábito. O mais famoso é o príncipe Charles, do Reino Unido. Por coincidência, a estética da jardinagem inglesa é considerada a mais refinada do mundo.

Fonte:
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=28885

segunda-feira, 8 de março de 2010

O Chamado das Árvores

No sábado, dia 6 de março,tivemos a satisfação de receber no Jardim Botânico a segunda edição do Workshop "O Chamado das Árvores", uma iniciativa do projeto Um milhão de Árvores. Dessa vez não veio  Dorothy Maclean, uma das fundadoras da Findhorn Fundation localizada na Escócia. Ela  tem mais de 90 anos e não viajará mais. Permanece em Findhorn participando das várias atividades desenvolvidas por esta instituição.
Para quem não sabe, Findhorn é uma comunidade espiritual, um centro de educação e uma das primeiras ecovilas do mundo. Dorothy e mais um casal de amigos criaram um jardim num terreno inóspito,numa praia escocesa, entre dunas de areia, pedregulhos e fustigado por ventos fortes e gelados. Fizeram um verdadeiro milagre, recebendo auxilio e instruções de mensagens vindas dos próprios vegetais que indicavam o quê como e onde plantar cada espécie. Atualmente, é um local de referência em espiritualidade e sustentabilidade, com mais de 600 moradores vindos de várias  partes do mundo.
A história é comprida, mas para resumir, Dorothy é capaz de receber mensagens vindas dos Devas, seres planetários que guardam os padrões ou formas de todas as coisas, animadas ou não, que existem na natureza. As mensagens recebidas deram origem ao livro O Chamado das árvores, publicado no Brasil pela editora Irdin.
Este segundo workshop foi ministrado por Judy MacAllister, que trabalha com Dorothy a mais de uma década e que é considerada sua sucessora. No RS foi organizado pela arquiteta Marilda Romero e pelo terapeuta e professor Rodrigo Silveira.
Experimentamos várias meditações, conduzidas por Judy, que criaram condições de, pelo menos, tentarmos um contato com o mundo dévico. Foram momento marcantes e fortes, de muita amorosidade e gratidão, principalmente por nossas irmãs mais velhas, as árvores. Estes seres maravilhosos, que trazem harmonia, promovem o contato entre o Céu e a Terra e  sustentam a complexidade da vida em nosso planeta, esperam pacientemente pelo nosso contato e consideração. Nos olham como seres ainda imperfeitos mas envolvidos num processo de evolução, caminhando para criar uma consciência mais ampla e amorosa. Ou, como nos disse Judy, " as árvores são como a pele da Terra".
Revendo minhas anotações do dia gostaria de encerrar esta postagem com uma frase de Judy.
"Não é tando o que você faz, mas como você faz. Faça tudo com amor . Gratidão, apreciação e amor são criações essencialmente humanas. Podemos e devemos escolher o que criar."