No sábado, dia 6 de março,tivemos a satisfação de receber no Jardim Botânico a segunda edição do Workshop "O Chamado das Árvores", uma iniciativa do projeto Um milhão de Árvores. Dessa vez não veio Dorothy Maclean, uma das fundadoras da Findhorn Fundation localizada na Escócia. Ela tem mais de 90 anos e não viajará mais. Permanece em Findhorn participando das várias atividades desenvolvidas por esta instituição.
Para quem não sabe, Findhorn é uma comunidade espiritual, um centro de educação e uma das primeiras ecovilas do mundo. Dorothy e mais um casal de amigos criaram um jardim num terreno inóspito,numa praia escocesa, entre dunas de areia, pedregulhos e fustigado por ventos fortes e gelados. Fizeram um verdadeiro milagre, recebendo auxilio e instruções de mensagens vindas dos próprios vegetais que indicavam o quê como e onde plantar cada espécie. Atualmente, é um local de referência em espiritualidade e sustentabilidade, com mais de 600 moradores vindos de várias partes do mundo.
A história é comprida, mas para resumir, Dorothy é capaz de receber mensagens vindas dos Devas, seres planetários que guardam os padrões ou formas de todas as coisas, animadas ou não, que existem na natureza. As mensagens recebidas deram origem ao livro O Chamado das árvores, publicado no Brasil pela editora Irdin.
Este segundo workshop foi ministrado por Judy MacAllister, que trabalha com Dorothy a mais de uma década e que é considerada sua sucessora. No RS foi organizado pela arquiteta Marilda Romero e pelo terapeuta e professor Rodrigo Silveira.
Experimentamos várias meditações, conduzidas por Judy, que criaram condições de, pelo menos, tentarmos um contato com o mundo dévico. Foram momento marcantes e fortes, de muita amorosidade e gratidão, principalmente por nossas irmãs mais velhas, as árvores. Estes seres maravilhosos, que trazem harmonia, promovem o contato entre o Céu e a Terra e sustentam a complexidade da vida em nosso planeta, esperam pacientemente pelo nosso contato e consideração. Nos olham como seres ainda imperfeitos mas envolvidos num processo de evolução, caminhando para criar uma consciência mais ampla e amorosa. Ou, como nos disse Judy, " as árvores são como a pele da Terra".
Revendo minhas anotações do dia gostaria de encerrar esta postagem com uma frase de Judy.
"Não é tando o que você faz, mas como você faz. Faça tudo com amor . Gratidão, apreciação e amor são criações essencialmente humanas. Podemos e devemos escolher o que criar."
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